quarta-feira, 13 de abril de 2011

Dúvidas de Labirinto, por Isabela Quintella.

Descarto lugares onde exista o fracasso dos iguais.
O imperfeito eu não quero,mas será que extrair a miséria feia é tirar da luz a
escuridão? Não sei. E os deuses de que lado ficam? Pergunto com os dedos
aos meridianos e paralelos, rede que nos separa do infinito, se encontrarei
respostas na esfera que gira. Na varanda a tulipa vira o amarelo da noite
negra.
A flor amarela e efêmera se iguala a mim em existência, mas quem lida
melhor com o tempo ela ou eu?Pensamentos distantes a tornam uma gota
âmbar para a visão“-Vê,Jeová como me tornei desprezível”,a frase sai do
livro que esta na cabeceira e cai na boca da flor.Desprezível ?É assim que a
tulipa amarela se comporta quando põe no lugar do espelho o relógio.E eu
como reagirei ao tempo?E os Deuses de que lado ficarão ...Do meu ou dos
séculos?
Sem roteiro a pergunta adentra vagarosamente a brancura da alma,alvejando,
embranquecendo, via Láctea e a dúvida em nanquim se espalha em meia noite
interpretando a perplexidade.

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