terça-feira, 12 de abril de 2011

O Labirinto da Solidão, por Alcino Bastos.

Antes estamos no centro do universo. O tempo é só presente, passado e futuro. É um tempo só.
Depois somos arremessados na vida. A vida é o labirinto. Tentamos achar o caminho de volta.
Aqui no labirinto temos a sequencia de 24 vezes 60 minutos que chamamos de dia. E outras contas precisam ser feitas a todo instante.
Percorremos gemendo e chorando os vales de lagrimas, os desertos que nos secam a alma e os subterrâneos do labirinto.
Tentamos de qualquer modo quebrar o tempo cronométrico, esta sucessão homogênea que transcorre sem qualquer sentido. A vida é breve como um pensamento: uma cerca dura três anos, um cachorro três cercas, um cavalo três cachorros e um homem três cavalos.  
“Ao sair do edifício, o inesperado me tomou”.
Sonhando de olhos abertos vislumbramos o sinuoso pesadelo da vida, o labirinto que nos tonteia e nos carrega para a solidão.
- “Deve sentir saudade de sua família. Como pode ficar longe deles?”
- “Ser soldado é a única coisa que sei fazer”.

Nota: a frase foi tirada da crônica “Mal estar de um Anjo” de Clarice Lispector. O dialogo é do filme “Vingança no Coração”.
“O Labirinto da Solidão” é de Octavio Paz.

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